UM POUCO DA HISTÓRIA

Fundado no dia 17 de outubro de 1938, num porão de uma casa, localizada na Rua José Clemente, ao lado do bar Caldeira, o "Clube dos Cinco Aros" tem se notabilizado durante sua trajetória, tanto no esporte quanto na área cultural. 

Esporte

Campeão do futebol profissional amazonense em 1967, o Olímpico Clube foi destaque também no futebol juvenil e em outras modalidades esportivas. Obteve muitos títulos também no esporte de quadra, como o Futebol de salão, Handebol, Voleibol e Basquetebol. Foi destaque também em competições de esporte aquático - remo e natação.

Cultura

Na área cultural, o Clube dos "Cinco Aros" sempre participou, apoiando vários eventos em Manaus, cedendo inclusive seu ginásio para funcionar as quadras de escolas de samba tradicionais de Manaus, dentre elas Mocidade de Aparecida (leia-se Presidente Mário Toledo), Vitória-Régia (Domingos Leite), Reino Unido da Liberdade (Bosco Saraiva) e Sem Compromisso (Antônio Carriço, Alexandre Tadeu e Augusto Maciel).

Por esse relevante trabalho prestado a cultura amazonense o Olímpico foi tema de enredo do carnaval amazonense - homenagem da escola de samba Balaku-Blaku, no ano de 2000. Outro fato marcante da sua diretoria foi abrir suas portas também para o Grupo musical Carrapicho que se notabilizou no cenário nacional e mundial.

Foi palco também dos ensaios dos bois Bumbás de Parintins, Garantido e Caprichoso, além dos grupos que ali se notabilizaram.

O clube, em reconhecimento pelos seus serviços, foi considerado de utilidade pública pelo Governo do Estado do Amazonas, através do Decreto n.º 577, de 23 de maio de 1941, formalizou e formaliza contratos de prestação de serviços, com os Poderes Públicos Federal, Estadual e Municipal, tanto na área desportiva, social e cultural, visando contribuir para o engrandecimento sócio-desportivo-cultural da cidade de Manaus, tendo transparência total na aplicação de seus recursos, de forma generalizada, principalmente nos provenientes de convênios ou projetos, garantindo a sua integral aplicação para os objetivos propostos.

Lazer

Na área de lazer, destinada aos associados, o clube mantém seu parque aquático, com bar-restaurante, três piscinas - sendo uma infantil, toboágua - e três campos de grama sintética. Recentemente, foram reeleitos para a presidência e vice-presidência do Conselho Diretor do Clube (2017-2021), respectivamente, o economista ALMERIO BOTELHO JUNIOR e o jornalista SEBASTIÃO ASSANTE. 

Carnaval

Hoje, o Olímpico Clube desfruta de uma posição privilegiada, haja vista ser o único clube de Manaus que preserva as tradições culturais da cidade, notadamente na área cultural, onde mantém viva a memória do carnaval, possuidor do único símbolo vivo das épocas áureas das festas carnavalescas de salão, pois não tem apenas preservado, mas e principalmente, ampliado a atuação da boneca KAMÉLIA no carnaval amazonense, passando não apenas a abrir o carnaval de Manaus mas, também, de municípios próximos de Manaus.

Era dezembro de 1938 quando Cândido Jeremias Cumaru, o Kandú, então diretor do Olímpico Clube, comprou uma boneca negra, vestida de baiana, de 75 cm de altura, por quatro mil réis, na loja 4 e 400 (onde hoje funciona a loja Marisa, na esquina das avenidas Eduardo Ribeiro com Sete de Setembro). Não se sabe se ao comprar a boneca, Kandú já pensava em utilizá-la no Carnaval do ano seguinte, o certo é que, 1939, com ela amarrada no galho de ingazeira, à frente de um grupo de amigos (entre eles Domingos Mourão, Américo Omena, Pio Veiga, Lindolfo Marques e Rubens Câmara), Kandú comandou o bloco da Kamélia, descendo a Eduardo Ribeiro. No bar Avenida (onde hoje está localizada uma agência do Bradesco), a boneca "mandou servir aos seus brincantes" uma ceia que custou 80 mil réis ao Kandú, diz Geraldo.

No Carnaval de 1940 a boneca, agora feita de papel marchê, dobrara de tamanho e, à frente do bloco Falange Olympica, desceu a avenida Eduardo Ribeiro já com os braços abertos transformando-se não só num símbolo do clube, mas num símbolo do Carnaval manauara, querida e esperada a cada ano na avenida.

Possivelmente nessa época a boneca já ganhara dimensões maiores, com mais de dois metros de altura, e a sua chegada era uma festa à parte, com ela sobre um carro de bombeiros e vários automóveis e motos em cortejo, com animada banda de música e foguetes a todo instante, causando delírio nas pessoas das calçadas e casas, pelas ruas onde passava até a sede do Olimpico.

Desde então, não houve um único ano em que a Kamélia deixasse de chegar para animar o Carnaval de Manaus. A partir daí começou o baile da Chegada da Kamélia, hoje, depois do desgaste das festas de salão, a Kamélia retomou o glamour e o sucesso daquela época, depois de mostrar sua autoridade e conquistar foliões de todas as cores.

Em 1955, foi criada uma nova estratégica a fim de chamar a atenção para a chegada da boneca com o prefeito Walter Scott da Silva Rayol (1955) mandando que fosse entregue a ela as chaves da cidade, o que representava a abertura oficial do Carnaval manauense.

Aproveitando a estratégia que dera certo, em 1958 o prefeito Gilberto Mestrinho de Medeiros Raposo (1956/1958), iniciando sua carreira política, passou a entregar pessoalmente as chaves da cidade para a Kamélia, tornando, naquele ato simbólico, a abertura oficial do carnaval de Manaus, vindo a ser seguido pelos demais mandatários da cidade até os dias de hoje.

Em 1991, com as obras do Sambódromo inacabadas, o Governo deixou de subvencionar as escolas de samba de Manaus. Umberto Calderaro, através de sua Rede de Comunicação, tomou a iniciativa e realizou o carnaval na Av. Eduardo Ribeiro, convidando a boneca Kamélia para fazer sua abertura.

De olho na nova maneira de brincar Carnaval, em 1993 a diretoria do Olimpico lançou a Banda da Kamélia. Dois anos depois, sob as mãos do artista plástico Juarez Lima, a boneca baiana passou por uma repaginação em seu visual e surgiu mais enxuta do que nunca, feita de isopor e com maior mobilidade para sambar. Outra novidade desse período foi a sua chegada não mais no aeroporto de Ponta Pelada, mas no Porto de Manaus.

No ano de 2003, a Diretoria cria o programa "Kamélia na Folia", para mostrar os bastidores do samba, fazendo entrevistas com autoridades e apresentando as escolas de samba do grupo especial, realizado no Parque Aquático do Olímpico e transmitido pela TV Rio Negro. No mesmo ano, no dia 7 de dezembro, nova reviravolta na trajetória carnavalesca da Kamélia com a criação da escola de samba Império da Kamélia. Esperando por um convite que não veio, para estrear, no carnaval de 2004, na passarela do samba - Sambódromo, ela fez, de sua chegada à cidade, no carnaval de 2005, o lançamento oficial para o público de sua escola de samba ao subir, acompanhada por uma bateria de cem ritmistas, do porto para a Eduardo Ribeiro, numa homenagem à avenida que tivera seu último Carnaval em 1978.

No ano seguinte, com o reconhecimento popular, a escola de samba Império da Kamélia, mostrando que sua inspiradora era uma rainha e nunca perderia a majestade, desfilou pela primeira vez no sambódromo com o enredo "Kamélia, assim nasceu a minha escola".

Em 2011, trocou novamente o local de sua chegada, fez do saguão do aeroporto Eduardo Gomes seu salão de festa, acompanhada de uma banda de metais. Desde então, tem sua chegada anunciada no aeroporto internacional Eduardo Gomes.

Pelo reconhecimento e importância da boneca Kamélia no carnaval Manauara, o Vereador Arlindo Júnior apresentou um projeto de Lei tornando a solenidade da "Chegada da Kamélia" como abertura oficial de carnaval de Manaus. A propositura, transformada na Lei nº 1.722/2013, foi sancionada pelo Prefeito Arthur Virgílio Neto no dia 15 de abril de 2013.

Em 2014, por iniciativa do deputado estadual Bosco Saraiva, presidente da Comissão de Cultura da Assembléia Legislativa do Estado do Amazonas, a boneca KAMÉLIA tornou-se PATRIMÔNIO CULTURAL IMATERIAL DO ESTADO DO AMAZONAS, através do Projeto de Lei nº 304/2015.

Finalmente, podemos afirmar que a boneca Kamélia está além do seu tempo. Enquanto mulher, ela reinou nas ruas de Manaus nas primeiras décadas do século passado, comandando seu bloco. Depois passou a reinar no Olimpico Clube, quando os carnavais nos clubes da cidade foram os mais animados de todos os tempos. Teve sua banda, quando estas viraram moda e agora tem sua escola de samba, quando o Carnaval de Manaus é regido, principalmente, por essa tendência. A Kamélia é eterna. Com essa trajetória, podemos assim definir a boneca KAMÉLIA: "Kandú criou-a. O Olimpico projetou-a. O povo consagrou-a."

Parceria

O Olímpico atualmente dispõe, em parceria com a ATLÉTICA ATENAS, de uma academia de ginástica, com aeróbica, musculação, natação, hidroginástica e dança de salão. 

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